Em 1834, o cientista inglês William Henry Fox Talbot, foi o primeiro pesquisador a conseguir uma imagem fotografica aceitável num papel embebido numa solução de cloreto de sódio (sal comum) e pincelado por uma camada de nitrato de prata.
Utilizando a técnica do fotograma (fotografia sem câmera), Talbot dispôs objetos e plantas sobre o material sensibilizado, que, uma vez prensados no papel e expostos à luz do sol, revelavam suas formas e texturas. O cientista chamou a técnica de “desenho fotogênico” (photogenic drawing) e se encantou com a possibilidade da imagem “desenhar a sí própria”. Mais tarde, auxiliado pelo também cientista Sir John Herschel, Talbot passou a empregar o thiosulfato de sódio para fixar suas imagens, criando um material imagético bastante estável sob qualquer condição de luz.
Prestando uma homenagem ao artista e visando o encadeamento de uma narrativa visual, esta oficina propõe contextualizar os processos históricos do século XIX, preparar soluções químicas e emulsionar manualmente o papel salgado, praticar a técnica do fotograma (fotografia sem câmera), utilizar negativos disponibilizados pelo projeto e montar um pequeno livreto composto por capa e miolo como resultado final da atividade
Papel salgado
orientação: Ricardo Hantzschel
quando: 10, 17 e 24 de novembro - terças feiras
carga horária: 9 horas
que horas: das 19:30h às 22:30h
faixa etária: a partir de 14 anos
onde: Rua Purpurina, 315 – Vila Madalena
para quem: fotógrafos, artistas visuais, estudantes e interessados em geral
pré-requisito: possuir noções básicas de fotografia analógica
quanto: R$ 750,00 à vista ou 3 x R$ 250,00 (todo material necessário está incluso no valor)
Ricardo Hantzschel é jornalista formado pela PUC-SP e pós graduado em Fotografia e Mídia pelo Senac-SP é fotógrafo profissional há trinta anos. Foi docente do ensino superior, foi professor do Bacharelado em Fotografia do Centro de Comunicação e Artes do Senac, desenvolvendo e ministrando disciplinas na Graduação e Pós Graduação de 2000 à 2015. Em 2014 conquistou o Prêmio Funarte Marc Ferrez, com o ensaio SAL, trabalho exposto posteriormente no Instituto Tomie Ohtake, SP e na Bienal de Florença, Itália, ambos em 2015. Em 2003 foi vencedor do prêmio Porto Seguro de Fotografia, com o ensaio Cidade Múltipla, trabalho que conquistou também o edital da Caixa Cultural Sé em 2010. Figura no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo desde 2001 com o ensaio Cidade Casual, trabalho exposto no Museu da Imagem e do Som em 2000. Desenvolve o projeto educacional em linguagem visual Cidade Invertida desde 2006.